O Impacto da Reeleição de Donald Trump para as Empresas Brasileiras e os Desafios Econômicos

A política internacional tem sido decisiva para a economia brasileira. Sua política de desregulamentação beneficia setores produtivos, mas seu protecionismo pode dificultar o comércio exterior brasileiro.

O Brasil já enfrenta desafios internos complexos: a desvalorização do real encarece insumos e impacta a competitividade industrial; o endividamento crescente resulta em um número recorde de 2.273 pedidos de recuperação judicial em 2024, segundo a Serasa Experian; e a reforma tributária gera incertezas no curto prazo. Um endurecimento das relações comerciais com os EUA pode ser um novo obstáculo, forçando empresas a reverem suas estratégias.

Endividamento Empresarial e Sobrevivência dos Negócios

A alta taxa de juros e a dificuldade de acesso ao crédito têm pressionado empresas de diversos setores. No agronegócio, empresas cafeicultoras acumulam passivos superiores a R$ 2,13 bilhões, levando algumas a recorrer à recuperação judicial. A desvalorização do real encarece insumos importados, como fertilizantes e defensivos, reduzindo margens de lucro e agravando o endividamento.

Além disso, um segundo mandato de Trump pode gerar novas tensões comerciais e aumentar a volatilidade dos fluxos de capital para mercados emergentes, impactando diretamente a liquidez disponível para empresas brasileiras, conforme análise do The Wall Street Journal.

A Importância do Planejamento Estratégico

Para se manterem competitivas, as empresas precisam adotar estratégias eficazes. JBS e Embraer, por exemplo, investiram na diversificação de mercados e reestruturação societária para mitigar riscos cambiais e tributários. A Embraer fortaleceu sua presença internacional e se protegeu de oscilações do mercado brasileiro ao firmar parcerias estratégicas com players globais.

A reestruturação societária pode melhorar governança corporativa e facilitar a captação de investimentos. Segundo a Harvard Business Review, empresas que adotam essa estratégia reduzem custos administrativos em até 30% e aumentam sua resiliência financeira.

Outra estratégia essencial é a renegociação de passivos. Alongar prazos, negociar taxas e revisar contratos pode aliviar a pressão financeira. O planejamento tributário também se torna um diferencial competitivo. Segundo a Deloitte, uma abordagem tributária estratégica pode reduzir custos fiscais em até 15%, garantindo maior previsibilidade e segurança jurídica.

Diante desse cenário, a capacidade das empresas de se adaptarem e inovarem será determinante para sua sobrevivência e crescimento.

Além disso, as empresas devem considerar estratégias de internacionalização, diversificando mercados e reduzindo sua dependência do cenário doméstico. Um possível recrudescimento do protecionismo americano sob um novo governo Trump pode dificultar exportações para os EUA, tornando fundamental explorar novos destinos, como Europa e Ásia. De acordo com a OECD, empresas que expandem suas operações para mercados externos conseguem crescer, em média, 25% mais rápido do que aquelas que dependem exclusivamente do mercado interno

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